De tudo que vivi, de tudo que passei, a coisa mais linda que fica em mim é a minha própria alma. Essa alma que vive, que reza, sorri e chora tem sua própria forma de se dizer, de se fazer reconhecida no exterior da minha pessoa e essa forma é a arte. A música cantada, dançada, tocada, os textos interpretados ou escritos, todos com o mais profundo sentimento. É assim que a alma se expressa e quando outra alma sente e se emociona com a expressão da outra, é nessa hora que o mundo se torna ínfimo, bonito, transparente. Tudo parece ficar claro, calmo, óbvio: o mundo é lindo, o mundo é mágico. Vou e volto e nunca sei para onde irei daqui a algum tempo. Tenho tanta coisa para fazer, tanta coisa para conhecer que me perco em vontades e me esqueço da vontade da minha alma, esqueço que a vontade de minha alma é vontade do meu eu. Mas então, de alguma forma, o mundo se encarrega de me levar de volta àquilo que tanto amo, àquilo que às vezes me esqueço ser essencial em minha vida. As sapatilhas,
Para se fazerem conhecidos aqueles traços que eu mesmo desconheço...