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Mostrando postagens de 2012

Sobre presença

Acho lindo aqueles casais que conseguem administrar a saudade tão fácil. Queria a fórmula para dias tão calmos e serenos. Aquele momento de saudade que só resta esperar é altamente frustrante, não conseguir falar com a pessoa, ou até conseguir, mas ainda falta a presença. Sou dessas românticas que gosta do contato, pele com pele, olho no olho, declarações de amor em meio a um jantar romântico, só os dois, regado à vinho e boa comida. É disso que eu gosto, é isso que eu quero...

Volta logo.

E você não estava quando eu chorei. Chorei de raiva, chorei de amor, chorei de dor de perder. Quando você saiu pela porta da frente fiquei com medo de não mais te ver, mas você voltou e o meu amor chorou. Chorou de alegria, de alívio, de paz enfim alcançada. E o tempo mal curou a saudade e você saiu porta afora, desbravando o mundo. O jardim ficou vazio, o banquinho de madeira pedindo aconchego. Volta logo para as flores abrirem, volta logo pro meu aconchego.

Ah, as bailarinas...

Elas dançavam e o movimento era leve, contínuo e transparente, como aquelas dançarinas em uma festa. Dançam, mas não dão tudo, não entregam o ouro, deixam apenas impressão e uma leve calmaria. Os vestidos se movendo contam daquela brisa que as leva para longe, com uma música gostosa e um sorriso no rosto. Ah, as bailarinas... Paula Arrais

Uma cena

As cortinas entreabertas deixavam a claridade da manhã recém chegada adentrar o quarto. Na cama era possível ver seus pés entrelaçados saindo por debaixo do cobertor. O lençol, todo revirado, cobria os amantes que dormiam abraçados. O cheiro de lavanda tomava o quarto e os ninava para sonhos tranquilos ao lado um do outro. Paula Arrais.

Amores

Os olhos olhavam ávidos, com sede do por vir. Eram tantos olhares, tantas pessoas, tantos acontecimentos. Nos bastidores, olhares apaixonados, mãos entrelaçadas, braços interligados, segredos trocados. Na frente das câmeras eram sorrisos aprimorados, toques leves e com cuidado (para não estragar o gosto dos outros, não incomodar) e não passava de sentar do lado e algumas vezes um beijinho pra dar aquela ideia de casal apaixonado (menos do que era, mais ideal, como deve ser). Porque no final das contas é assim: amores que se amam, que se completam, que se respeitam, que se devoram, que se amam, que se amam, que se amam. Não era para ser ideal, quem foi que teve essa ideia? Paula Cristina.

Silêncio absoluto

As horas passam... as horas. O silêncio contrasta com o tiquetatear do relógio em lembrar que as horas passam. As horas passam! O leve som do silêncio a tomava. Levava a um mundo paralelo, distante. Tique-taque. Ring. Quem? Não importa. Tira o telefone da tomada. Não é para ela e ela sabe. Não quer ninguém incomodando. Senta na cadeira de balanço e fica ali a admirar o silêncio absoluto que finalmente acalma seu coração. Paula Cristina.

É disso que eu to precisando

O dia começa e os pensamentos começam a encher a cabeça. É o trabalho a fazer, as contas a pagar, o livro para ler, os compromissos a cumprir, o almoço, o horário de descanso. Porque até para relaxar tem que ter horário marcado. Já não existe mais aquela calmaria, aquele dia relaxante que pode-se ouvir o canto dos pássaros. São festas de famílias, reuniões com os amigos, chá da tarde, hora do almoço... corre que tem compromisso. O domingo não existe e perde-se a noção do tempo. "Que dia é hoje mesmo?". As pessoas começam a preocupar, pensam que você não está bem, que precisa de remédio, de um médico: "Olha você precisa se cuidar". Mas e na hora do vamos ver? E na hora de você dizer que naquele dia vai ficar em casa descansando "O que? Eu disse, tá vendo, precisa de um médico. Olha, isso vai ser depressão. Quer ficar em casa, a encontrar a família ou os amigos... é, a coisa tá feia..." Tá feia mesmo, mas é só cansaço. É a necessidade de deitar a cabeça em u

Preciso.

procuro um tempo pra mim. Daqueles de silêncio e meditação, calmaria, paz e serenidade. Não precisa tocar harpas nem descer querubins... apenas um tempo só para mim. Deixar de lado o "tem que fazer" e não fazer nada ou... fazer o que gosta, o que quer, o que "der na telha". Preciso de mim e do meu tempo e do meu espaço. Preciso urgente. Preciso tanto que marquei hora.

Apenas para contar o quanto eu te amo!

Estava eu, assistindo um filme daqueles de comédia romântica (mas que de comédia não tem nada). E me deparei com a verdade, a verdade que me deparo tantas vezes ultimamente. Não quero tardes ensolaradas e sonhos realizados se não forem com você. Não quero buquês de flores, nem romances típicos, nem conversas fiadas se não for com você, se eu não estiver com você para eu contar dos meus dias medíocres e dos meus sonhos e dos meus planos e dos meus atos. Antes de você, era eu e pronto, no meu mundinho bem equilibrado e algumas coisas fora do lugar. Era muito simples: eu fazia as minhas coisas e, simplesmente, não me importava e as pessoas se acostumaram a pensar "isso é coisa dela, é assim que ela é" e não me incomodavam. Com você foi diferente. Pela primeira vez eu me importo e, pela primeira vez, alguém na vê meus atos pesados como "coisa minha". E você acredita em mim e eu acredito em você. E não importa o quão desconfortável a situação às vezes aparece é aqui que