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Mostrando postagens de 2023

Clichê

Como não acreditar em clichês, quando eu sou fruto dele? Filha do amor, isso é tudo que eu posso me tornar. Não adianta tentar esconder ou fugir da verdade nefasta que sou. Quanto mais fujo do amor, mais eu me perco de mim mesma. É curioso como algumas pessoas entendem o amor como algo sério, duro e difícil. E talvez seja se você busca esse amor como uma forma de garantia de sua felicidade. A questão é que o amor não é garantia de felicidade. O amor é um ato que nasce do servir. Mas não o servir capitalista de fazer algo para receber em troca. Este ato de servir deve ser puro, sem segundas intenções. Você intui a importância de uma ação e age servindo, entregando seu melhor, porque é necessário. Muitas vezes o amor é confundido com sentimento, porque junto da intuição e da ação vem uma paz e uma alegria, que misturadas, trazem um sentimento inexplicável que para cada pessoa terá uma cor, um cheiro, uma sensação e uma lembrança diferentes, que combinados trazem emoções e sentimentos à t

Carta a quem sentir o ímpeto de ler

 Mais um ano, mais um retorno solar. Curiosamente, enquanto ciclos se movimentam para o encerramento dando espaço para inícios em minha vida, o mesmo acontece no céu. Nunca foi tão claro a frase "assim na terra como no céu". No meu caso, assuntos de família, carreira, comunicação e trânsitos tem sido altamente revisados, ressignificados e reconstruídos. Com uma renovação ambas literal e metafórica do meu coração, neste mercúrio retrógrado que veio trabalhando a mesma energia do ciclo de encerramento de plutão, pude observar como este movimento de mudança vem acontecendo em minha própria vida e acolhê-lo com amor. Costumo dizer que sou casada comigo desde que nasci. Faço hoje 34 anos e curiosamente, as bodas de 34 levam o símbolo da Oliveira. Como leitora ávida do simbólico, não poderia deixar de trazer aqui o que isso representa: Perseverança, pois ao ser cortada ou queimada, a oliveira brota a partir das raízes. Hoje faz literalmente 2 semanas que passei pela cirurgia de abl

Somos todos humanos

O mundo precisa de amor, pessoas precisam de amor. Onde há ódio há pedido de socorro, pedido de ser amado, de ser escutado, de ser visto, respeitado. Vi mudanças surpreendentes com o simples ato de amar. Vi feras se tornarem dóceis, vi olhares sanguinários se tornarem carinhosos.  É tão absurdo pensar que todos os atos costumam ter um sentido por trás. Alguns atos, pensamentos e movimentos parecem tão desconectos que fica difícil encontrar o sentido. Mas se a gente vasculha a gente encontra. Esse sempre foi um dos maiores desafios pra mim: deixar de vasculhar. Como condenar alguém pelo seu sofrimento? Como ignorar a dor de uma pessoa? Não se trata do motivo em si, mas de entender o que está por trás do motivo. Qual é a dor que me move? Qual é a dor que te move? O que temos em comum? O que nos instiga a fazer uma escolha em detrimento da outra? No final das contas,  por mais que viver em sociedade faça com que todo ato seja político, nada é político, porque somos humanos. E como humanos