As horas passaram rápido e o tremor que da terra surgiu pesava. Os ponteiros "tiquetateavam" a procura de um tempo (ou seria de um ritmo) que os fizessem permanecer atados um ao outro. O pó que do chão subia embaçava a vista dos mais apitos à visão, a neblina que se instaurava amargurava a mais esperançosa das criaturas. E os raios solares que adentravam por entre as brechas das árvores se tornaram tristes, sem vida, opacos. Tudo virou insegurança, desconfiança, podridão. Por um minuto tudo permaneceu calado até que, então, tudo passou e de repente uma tranquilidade desentendida se fez presente. Foi tudo que aconteceu, minutos eternos antes da luz. A tempestade não se fez e assim, não houveram estragos maiores, apenas um leve desconforto de quem não sabe o que fazer depois de um susto inexplicável.
Paula Cristina.
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