terça-feira, 19 de abril de 2011

Decepção

Eu me pergunto o que será de sua filha, que vive em uma casa onde o ódio simplesmente pelo ódio se faz presente. Não sei qual seria pior, ser molde ou não sê-lo nessa situação. A decepção que desce por meu corpo, pela minha alma escorre como um veneno infectando cada sorriso, cada cuidado. De onde vem tanta raiva? Tanta ignorância? Dói pensar que a cada dia que passa, nos distanciamos mais e mais, pelas atitudes, pelas idéias, pelo respeito. O que você fará quando eu fizer minha primeira tatuagem de tantas outras que eu farei? Qual será sua reação quando descobrir de tantas desejos e sonhos que estou para realizar que não condizem com a sua moral? Acho que já tenho a resposta estampada nas suas frases de ódio contido. Você me amará depois de tudo isso? Existirá respeito ou serei um ser a mais cuspido pelas forças do destino para fora de sua vida? Você não vê que o mundo mudou, que as diferenças são lindas, que cada um tem uma vida diferente, um estilo diferente? Esse seu ódio sem cabimento me afasta de você, me enoja. Eu, mais do que qualquer outro deveria compreender isso, sou estudante de psicologia. Mas quer saber? Eu não entendo, não entendo porque escolher o caos, quando é tão mais simples, tão mais bonito e tão mais pacífico escolher o respeito. Eu não sou você e, por isso, eu sou linda e vice-versa. Hoje lágrimas sangram do meu coração ao saber que a distancia aumenta. Só torço para que não chegue a esse ponto, ao ponto de perdermos o respeito como você perdeu noutro dia.


Paula Cristina.

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