terça-feira, 3 de maio de 2011

Só um bobo não perceberia

O telefone tocava denunciando as horas passadas. A mensagem na secretária eletrônica denunciava as batidas do coração que aceleravam a cada sílaba pronunciada. A voz dele era calma, suave, bonita. Gostava quando telefone tocava daquela forma, era ele mais uma vez... Quantas vezes odiou presença, agora adorava presença. Quantas vezes odiou elogios, agora torcia para os elogios ocorrerem. Quantas vezes odiou largar sua rotina, seu pijama regado a noites de filmes para sair, agora esperava impaciente o horário de pegar o carro e deixar aquele filme tão esperado para outro dia. Quando as mensagens chegavam era um pulo do coração a cada palavra lida e um sorriso a cada frase terminada. Estava mais paciente também. Será que foram as tantas lágrimas derramadas ou um simples amadurecimento, uma mudança de fase? Talvez fossem os dois... Ela sorria encabulada e ria um riso alegre e apaixonado. Ele ainda não sabia disso, não por completo, mas era óbvio, estava estampado no rosto, só um bobo não perceberia...


Paula Cristina.

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