Quantos "eu te amo" recitei, quantos permaneceram amor? Quantos sorrisos eu dei, quantos permaneceram na dor? Quantos abraços apertei, quantos abraços ficaram? Apenas o essencial, pessoas de para sempre, amigos, irmãos de coração. Tantas as mudanças e tantos acontecimentos. O único costume que mantive foi sorrir diariamente, mesmo que para pessoas desconhecidas, mas o resto? Hoje já não consigo dizer "eu te amo" por mais que o queira a não ser que seja aquela pessoa de anos a fio, amiga do peito, parceira da vida. Não consigo abraçar por completo a não ser que seja de casa, íntimo, irmão de coração. Em mim ficou um vazio preenchido por cautela, cuidado pessoal e amor próprio. Não é um vazio triste, é um vazio feliz, realizado, bonito, sincero. É esse vazio que mantém as muralhas que me protegem das dores, é esse vazio que no final não é vazio, tem recheio líquido que às vezes transborda e incomoda alguns invejosos de plantão, mas isso não faz mal, quem sabe essas pessoas não aprendam a criar suas muralhas e usufruir de sua própria felicidade, ao invés de tentar roubar a dos outros...
Paula Cristina.
Você me leu e me escreveu aí, nessas poucas e maravilhosas linhas. Me sinto exatamente assim, adorei.
ResponderExcluirAh, sempre falo sobre isso! A inveja é uma merda! Como seriam bom se as pessoas dedicassem o tempo que perdem cuidando da vida alheia buscando seu próprio final feliz, né? Mas não tem jeito, quem não consegue ser grande, observa, copia e inveja quem é.
ResponderExcluirMas a melhor vingança é viver bem, não é mesmo? :)
Adorei o blog!