quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sem título, apenas um trecho "vazio" de letras

Quantos "eu te amo" recitei, quantos permaneceram amor? Quantos sorrisos eu dei, quantos permaneceram na dor? Quantos abraços apertei, quantos abraços ficaram? Apenas o essencial, pessoas de para sempre, amigos, irmãos de coração. Tantas as mudanças e tantos acontecimentos. O único costume que mantive foi sorrir diariamente, mesmo que para pessoas desconhecidas, mas o resto? Hoje já não consigo dizer "eu te amo" por mais que o queira a não ser que seja aquela pessoa de anos a fio, amiga do peito, parceira da vida. Não consigo abraçar por completo a não ser que seja de casa, íntimo, irmão de coração. Em mim ficou um vazio preenchido por cautela, cuidado pessoal e amor próprio. Não é um vazio triste, é um vazio feliz, realizado, bonito, sincero. É esse vazio que mantém as muralhas que me protegem das dores, é esse vazio que no final não é vazio, tem recheio líquido que às vezes transborda e incomoda alguns invejosos de plantão, mas isso não faz mal, quem sabe essas pessoas não aprendam a criar suas muralhas e usufruir de sua própria felicidade, ao invés de tentar roubar a dos outros...



Paula Cristina.

2 comentários:

  1. Você me leu e me escreveu aí, nessas poucas e maravilhosas linhas. Me sinto exatamente assim, adorei.

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  2. Ah, sempre falo sobre isso! A inveja é uma merda! Como seriam bom se as pessoas dedicassem o tempo que perdem cuidando da vida alheia buscando seu próprio final feliz, né? Mas não tem jeito, quem não consegue ser grande, observa, copia e inveja quem é.

    Mas a melhor vingança é viver bem, não é mesmo? :)

    Adorei o blog!

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