A rua mal iluminada atrai furtivamente seus olhos que param por um momento e capturam tudos a sua volta. É disso que vai lembrar quando for dormir. Conta os passos como um ritual para que não perca um segundo do que pode vir a ser em milésimos agora. Agarra o pedaço de papel, chegando a amaçá-lo de tanta excitação. O coração acelera e o pulso falha, o papel cai e com um sussurro ele pronuncia um 'oh' de tamanha exaltação que os Deuses param para contemplar. Aquele momento é divino e ele continua a se perguntar como ninguém ainda descobriu tal coisa. Pega o papel no chão, olha o céu e de repente agradece que ninguém saiba de tal coisa, já que aquele sentimento é dele e de ninguém mais. Segura o chapéu na cabeça, como que com medo de tirarem tal lembrança de sua cabeça e sai andando. Finalmente reviu o que tanto anceava.
Paula Cristina.
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