sexta-feira, 28 de maio de 2010

A casa

Uma fase cansada, pesada. É como devia ser, mas não no interior. As traças corroiam as paredes, cortinas, móveis, a sala por completo mofada. Quanto tempo fazia que não voltava ali? Sua antiga casa, seu antigo esconderijo pedindo socorro prestes a roir... Não havia nada que se pudesse fazer a não ser salvar o que podia ser salvo, expulsar as traças, tirar o mofo. Mas nunca voltaria a ser como era. A visão da sala doía o peito, o quarto então, nem queria entrar. A dor seria grande demais. Quem sabe amanhã ou depois? Mas e se tudo ficasse destruído pelos agentes do tempo? Teria que entrar. Respirou fundo e subiu as escadas com medo de morrer antes mesmo de pisar o último degrau de escada.


Paula Cristina.

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