Correu até não poder mais, até as pernas arderem. Tomou um banho, escreveu mais um texto revelador, cheio de vontade de viver, de ser real, deitou na cama e dormiu. Acordou na mesma posição, calmamente levantou, lavou o rosto, escovou os dentes, tomou café, escovou os dentes de novo. Vestiu uma roupa, a primeira que viu no guarda roupas, calçou o tênis, passou perfume, pegou um brinco, uma pulseira, um colar, um anel. No carro a música a animava , a medalinha em sua bolsa ficou aparente e ela então se lembrou de como costumava ficar e percebeu que mesmo não sendo a tempos atrás, parecia que era. Sorriu e deixou a medalinha ali, à vista. A medalinha já não era uma coisa que a lembrava da guerra que travava todos os dias consigo, era algo que a lembrava de como foi um dia difícil chegar ali e como agora ela estava bem. O esforço valeu, as lágrimas serviram de crescimento e o sorriso era tudo que tinha e que agora ocupava o lugar da dor que antes reinava. Ao seu lado, hahaiah sorria um sorriso calmo, um sorriso lindo e apesar de ter tanto para contar de sua felicidade, tudo que consiguiu dizer foi "Bom dia, meu anjo querido."
Paula Cristina.
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