quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A inconstância que flui como vida no ar que respiro

Minha insconstância às vezes me prega peças de mal gosto. Falo algo que realmente penso do fundo de meu ser, mas em cinco minutos provavelmente não lembrarei e não concordarei com aquilo que pensei como mais verdadeiro e que pronunciei como se fosse imutável. A única coisa que não muda em mim com o tempo é o amor, o carinho que sinto. A forma de expressá-los pode mudar e, com certeza, vai mudar, mas o sentimento fica ali imutável, estável. O resto é passageiro, imoral, perdido no tempo e no espaço. O que fui a nove minutos atrás deixou de ser. Isso causa rebuliço e revolta naqueles que tem o espírito estável. Nunca entendi pessoas que morrem sem mudar de idéia, de vida, de mundos. Parece que nunca aprendem, que não sabem o que é ser de outra forma e isso é triste (assim EU o penso). Queria dizer a essas pessoas que sinto muito por ser tão inconstante, mas a verdade é que estaria mentindo pra elas. Adoro essa dialética que nunca me deixa parada, asfixiada, esquecendo de mim e de todas as personalidades que fui, que sou e que serei um dia.
Paula Cristina.

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