Minha insconstância às vezes me prega peças de mal gosto. Falo algo que realmente penso do fundo de meu ser, mas em cinco minutos provavelmente não lembrarei e não concordarei com aquilo que pensei como mais verdadeiro e que pronunciei como se fosse imutável. A única coisa que não muda em mim com o tempo é o amor, o carinho que sinto. A forma de expressá-los pode mudar e, com certeza, vai mudar, mas o sentimento fica ali imutável, estável. O resto é passageiro, imoral, perdido no tempo e no espaço. O que fui a nove minutos atrás deixou de ser. Isso causa rebuliço e revolta naqueles que tem o espírito estável. Nunca entendi pessoas que morrem sem mudar de idéia, de vida, de mundos. Parece que nunca aprendem, que não sabem o que é ser de outra forma e isso é triste (assim EU o penso). Queria dizer a essas pessoas que sinto muito por ser tão inconstante, mas a verdade é que estaria mentindo pra elas. Adoro essa dialética que nunca me deixa parada, asfixiada, esquecendo de mim e de todas as personalidades que fui, que sou e que serei um dia.
Paula Cristina.
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