Paula Cristina.
sábado, 23 de outubro de 2010
Lugar vago
O telefone tocou e um suspiro agudo saiu das gargantas, pesando o ar a volta. doeu no peito, nos olhos, nos ouvidos e deixou muda a boca que tanto falava. Lá fora, o céu de um azul radiante contrastava com a notícia que ouvia. Aos poucos todas as lembranças foram se tornando opacas, embassadas, distorcidas e tudo mudou de um vermelho para um cinza tão claro que era quase impossível notar.O barco, antes à deriva, agora posto ao mar, navegando, distanciando daquela terra que tanto se pensou. Algum lugar além daquele alguma coisa esperava por ele. Alguma coisa que ninguém jamais soube o que era. A luz do farol se apagou, ele jamais voltaria, por escolha também dela. As cortinas foram fechadas e o jantar posto à mesa, como sempre fora. Agora com uma simples diferença, o lugar estava vago e fora tomado.
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