Como se não bastasse os próprios caminhos retidos, ainda tinha que pensar no dele. Ela acendeu um cigarro só para sentir o cheiro ao redor. posicionou-o no cinzeiro virando-o para si e começou a escrever frenéticamente palavras sem significado aparente. Seu cansaço mental não trazia o tão desejado sono e quando trazia eram sonos de vigilia, aqueles em que parece que dormiu apenas cinco minutos tendo dormido na verdade doze horas. Era muito fácil que julgassem, era fácil também fingir não se importar, mas hoje ela simplesmente queria se revoltar, deixar sua casa de madeira a mostra e mandar todo mundo engolir elefante. Sim, engolir elefante. Já tentou engolir um? Muito grande, pesado além de áspero. Muito desagradável. De toda forma terminou de escrever, pegou o cigarro, cheirou, apagou e jogou fora. Fechou as cortinas. Era dia, grande coisa, tudo que queria era um sono bem dormido. Não importava o horário.
Paula Cristina.
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