Acordou suada da noite quente e mal iluminada. Desceu até a cozinha e preparou um chá de limao. Deixou esfriar um pouco, sentou na rede de balanço da varanda. Olhou o relógio eram quatro horas da manhã e perdera o sono. Sorriu, lembrou-se dele e percebeu que começava a gostar dele em sua vida, gostava do toque da mão na sua e quando ficava a observá-la e quando ela o olhava ele já estava preparado para dar um beijo ou para fazer tudo que ela quisesse que ele fizesse. Gostava de poder escolher o que fazer (mesmo que na maioria das vezes nunca escolhesse por opção). Adorava quando ele a abraçava e mais ainda quando a fazia rir, mesmo quando não tinha graça nenhuma. Achava a décima maravilha do mundo poder simplesmente ficar ali, em silêncio. Queria ligar e dizer tudo aquilo e mais para ele, mas não faria isso. Gostava dele e provavelmente estava gostando cada dia mais e mais, mesmo que negasse para si por medo ou algo parecido. A verdade é que ao mesmo tempo que tinha um pouco de medo, ela estava entrando com tudo, se entregando e isso era loucura, sempre foi loucura. Talvez um pouco de um drink qualquer voltasse sua cabeça para o lugar e o medo tomasse conta. Era estranho não ter medo, essa sensação de que tudo ia dar certo a assustava e a mantinha ao seu lado. Dessa vez, ela queria pagar para ver, atirar de um penhasco, jogar tudo pro alto....
Paula Cristina.
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