sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dor

O quarto tinha sido arrombado tantas vezes que ela não sabia mais o que era dela e o que era dos outros. Os olhos marejados de dor, os suspiros de erros cometidos. Não tinha nada mais para ela ali. Levantou-se de um salto e se pôs a caminhar sem rumo. A noite mantinha as coisas em seu lugar. As lágrimas que insitiam em cair se encontravam penduradas, temendo mudar o curso das coisas. Mas para quê tudo aquilo? Não havia mais razão em fingir ser, quando o que se queria era jamais ter sido.
Paula Cristina.

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