E mais uma vez se viram diante de tal abismo. Não se via nada embaixo a não ser uma clara escuridão seguida de silencio. O ar tornou-se mais condensado e a voz dele veio como o sussurro de um presságio: "Paro por aqui. Você deve seguir sozinha". Segurou seu vestido, respirou fundo e se lançou na escuridão. E então ela viu maravilhada que havia chegado mais longe do que imaginara e que, na verdade, estava por completo inteira. Olhou ao redor, pessoas de todo o tipo juntas, não havia nada que a impedisse de viver em paz e foi então que ouviu a voz se instalar dentro dela. Seu mestre estava lá, em frente a ela, sorrindo, orgulhoso de que ela tenha deixado-o para trás, afinal de contas não era ele que se procurava, mas a paz.
Paula Cristina.
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