quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pós-crise

Ela se encolheu de um salto, não percebera aqueles olhos a observando. Com seus intinstos mais secretos começou a contar tudo ao seu observador. Por um momento ficou a decidir se seria caça ou apenas uma visão embaçada da realidade. E então de súbito a ave já levantara vôo e ela ficou ali, estirada ao chão sem saber o que acontecera. Tentou se levantar, mas suas mãos escorregaram em seu próprio sangue. O bicho não veio atacá-la nem observá-la, veio parar a auto-mutilação que ela aplicava para parar a dor. Levantou-se e recompôs suas energias. Não havia sentido em se machucar, ela era necessária em algum lugar.


Paula Cristina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carta a Amandinha

E hoje é seu dia e venho pensando em nós por muito tempo. Fiquei rindo: é seu diz e vou falar de nós? Sim, porque eu sei que amar é se mistu...