sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Fazer sentido

Seu sorriso mais brando, seu olhar mais sincero, seu abraço mais apertado. Que saudade de tudo! Nem sei quem você é e já faz falta. O que será de mim sem a sua ausência pausada? Será que faço sentido? Não sei se hoje eu faço sentido a mim mesma. Mas isso faz parte. Quando não se faz sentido, então perde-se a exatidão e portanto, procura-se ajustar a algo. E nossa necessidade de ajuste é a coisa mais engraçada que existe, ela nos faz mudar, ser e deixar de ser. O ajuste é a base de toda relação humana e de toda socialização. Confesso que odeio ajustes, mas odeio mais ainda necessita-los. E o sentido se faz todos os dias, após o ajuste favorável. E quando eu não quero fazer sentido eu não pertenço, de alguma forma ao lugar onde não me ajusto e o sentido passa a ser a loucura. Pura e simples loucura, dessas que eu amo e sorrio quando vejo. Dessas que eu sonhei que seria e que era. E que de tanto sonhar me tornei e hoje devo fazer ajustes para me ajustar, fazer sentido àqueles que precisam ver sentido. Eles não entendem a beleza de não fazer sentido.


Paula Cristina.

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