domingo, 20 de dezembro de 2009

Você não pode me escutar, mas mesmo assim eu conto

Seis anos se passaram desde que você se foi. O "Big" cresceu e está quase adulto. As festas de família continuam, assim como os terços, As dores do mundo são as mesmas daquela época, só mudam de nome e endereço. Continuo cantando e pretendo cantar para sempre, estou aprendendo violão e sei um pouquinho de nada. Sinto sua falta todos os dias, evito não pensar em você em tempos de crise, ainda machuca pensar na sua partida. Seu adeus foi tão repentino, não me deu tempo de processar a informação. Ainda me lembro das brincadeiras e da sua voz também. Eu cortei meu cabelo e acho que você amaria ver o resultado, agora deixei crescer de novo e ainda não tenho certeza se deixo assim ou corto mais uma vez, sua opinião nesse momento faria muita diferença. Continuo dançando como sempre dancei. A pequena Doc morreu, mas agora temos mais dois cachorros em casa, você iria amá-los. Gostaria de dizer que eu te amo, mas você não vai ouvir, então eu canto porque assim todo mundo ouve. Quisera eu que onde você está, tivesse algum meio de comunicação que não a oração, que ainda é um meio de uma mão só: você ouve, mas eu não recebo resposta. E enquanto não nos encontramos vou te mantendo informada com os pensamentos ativos em você. Meu sorriso se torna opaco, é difícil sorrir chorando.


Paula Cristina.

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