Pular para o conteúdo principal

Friends forever and ever together as one. Só porque eu te amo.

Tem dias que tudo gira, mas o coração já acertou algumas coisas. Tem desejos que são momentâneos, mas tem desejos que de tanto querer se tornam planos, que se tornam vida, que se tornam parte do que se é. Tem dores que parecem ser para sempre, mas que saram mais rápido do que se imaginava. Tem dores que permanecem, mesmo quando insistimos em tratá-las. Tem músicas favoritas de momentos, tem músicas favoritas para sempre. Tem paixões e amores. Tem cores e cores. Tem fotos que se perdem com o tempo e fotos que jamais serão perdidas. Tem amigos que vão: são de anos, meses ou apenas dias. Tem amigos, como você que ficam, que são para sempre. Pode ser que algum dia eu venha morder a língua e que você se vá, mas não sem que lutemos ao máximo, isso eu tenho certeza. Eu sou de apegar fácil, mas de desapegar também, mas nunca me desapeguei de você. De todas as vezes que ficamos meses sem nos falar (que foram muitas), eu não me recordo uma da qual tenha sido falta de amizade, eu não me recordo uma vez que o encontro não tenha sido como se nada tivesse mudado, a não ser claro, a bomba de notícias para poucas horas de encontro. Nós crescemos juntas, não que sejamos amigas de infância, mas eu sinto como se fosse. Esse ano faz 9 anos de amizade. 9 anos desde que nos conhecemos e nos tornamos amigas. Não éramos melhores amigas na época, mas hoje eu tenho orgulho de dizer que você é uma das minhas melhores amigas. As diferenças entre nós são enormes, em praticamente tudo, mas o amor permanece de forma a camuflá-las. Tem dias que quero ficar sozinha, me perder do mundo e você aceita isso. Tem dias que quero o mundo, que surto, que quero ser a estrela da noite e você compreende. Tem dias que o assunto não sou eu, mas você e eu aceito isso. Tem dias que você quer ficar escondida e eu compreendo também. E quando estamos tristes, estamos tristes. Quando estamos felizes, estamos felizes. Dane-se o mundo que não sabe viver às vezes de acordo com nossas regras, dane-se que também não saibamos viver com as regras do mundo. O bonito está bem aqui, escrito de modo bem simples, nesse texto que vai saindo do nada de dentro da alma. O bonito é o que criamos e inventamos quando estamos juntas. Nós reinventamos o mundo e fazemos as dores que parecem avassaladoras se tornarem pequenininhas, pelo menos enquanto estamos juntas. Porque o mundo muda quando se está com um amigo.
Paula Cristina.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ao léu

A noite escura, os passos largos, o banco da praça escondido pelas sombras, a cerveja numa mão, o cigarro na outra. Soltou o cabelo, a medalinha na mão. Riu de si e de seus meros surtos, aqueles tão antigos que nem se lembra quando foi a última vez que os deixou se apoderarem. Fechou os olhos e recitou, utilizando toda a energia restante, aquele poema tão antigo quanto sempre soubera. Enquanto recitava bebericava da garrafa de cerveja, sentindo o líquido escorrer pela garganta, leve, solto, ondulante. Cansou do cigarro, mas deixou-o ali, queimando, apenas para sentir o cheiro da fumaça dançando sobre seu corpo. Lembrou daquela canção que cantava quando estava feliz, riu-se. Onde já se viu: triste, lembrar de momentos felizes. Não fazia um pingo de sentido, mas mais uma vez, nunca fez sentido, nem mesmo para si. Assistiu a morte chegando devagar e impossibilitando um gato na rua. Não moveu um músculo, não se importava, pelo menos não hoje. Fuzilou a noite com um olhar avassalador. Quem

A voz no telefone

O telefone tocou uma, duas, três vezes e do outro lado uma voz diferente, mas conhecida atendeu. Estava tão perdida em pensamentos e barulhos externos e internos que não conseguia raciocinar de quem era a voz. "Quer falar com quem?" - perguntou. Responde o nome da amiga. "Ela não está aqui agora, quem é?". "Mary Anne." a voz responde: "Mary Anne? Quando ela voltar, aviso que você ligou. É o Thomas quem está falando." Ela responde "Quem?", ele: "Thomas". Ficou sem reação. Ele sabia que era ela, tinha certeza agora. A pergunta foi mais uma forma para dizer quem falava. O coração bateu acelerado. Será que era ele mesmo? Existem tantos Thomas no mundo. Mas não, devia ser ele! Só podia ser ele! Desligou o telefone, ainda sem reação. O sorriso se alargou na face. Que saudade. Que saudade. Paula Cristina.

Clichê

Como não acreditar em clichês, quando eu sou fruto dele? Filha do amor, isso é tudo que eu posso me tornar. Não adianta tentar esconder ou fugir da verdade nefasta que sou. Quanto mais fujo do amor, mais eu me perco de mim mesma. É curioso como algumas pessoas entendem o amor como algo sério, duro e difícil. E talvez seja se você busca esse amor como uma forma de garantia de sua felicidade. A questão é que o amor não é garantia de felicidade. O amor é um ato que nasce do servir. Mas não o servir capitalista de fazer algo para receber em troca. Este ato de servir deve ser puro, sem segundas intenções. Você intui a importância de uma ação e age servindo, entregando seu melhor, porque é necessário. Muitas vezes o amor é confundido com sentimento, porque junto da intuição e da ação vem uma paz e uma alegria, que misturadas, trazem um sentimento inexplicável que para cada pessoa terá uma cor, um cheiro, uma sensação e uma lembrança diferentes, que combinados trazem emoções e sentimentos à t