quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ela não viu

Demorou uma eternidade para que sentasse em frente a lareira, esperando que alguém a alcançasse, mesmo que em pensamento. Sentou, entornou o café, acendeu um cigarro, colocou-o em cima do cinzeiro e deixou seu cheiro tomar conta do aposento. Quanta falta fazia esse cheiro. Cheiro de casa, de lar, de patida e chegada. Ela deitou a cabeça nos joelhos e adormeceu. O eclipse aconteceu. Ela não viu. Desiludiu. Os sonhos eram mais bonitos.
Paula Cristina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carta a Amandinha

E hoje é seu dia e venho pensando em nós por muito tempo. Fiquei rindo: é seu diz e vou falar de nós? Sim, porque eu sei que amar é se mistu...