As rosas murchas do jardim desbotado trocaram luzes de cores brilhantes. Os pássaros cantavam uma cantiga alegre, calma, quente. O silêncio se fazia quebrado pela queda da água da bica no piso tão bem montado para varanda de dias tristes. Tristes, porque geralmente só se procura calma quando se está desesperado e não se lembra mais da sensação de tranquilidade. A inquietação se apossa por alguns segundos, mas logo é esquecida e logo a varanda não se torna alvo de observação, mas apenas um lugar onde se senta, lê, conversa, come, bebe, descansa. E assim vai o ciclo. Todas as estações, algumas mais, algumas menos, trocam-se as luzes no jardim para se aquietar o espírito que não pára, que muda, que simplesmente é. Só pela idéia de ser.
Paula Cristina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário