Sei, sei, sei, foi sempre assim, esse ar de amores e amantes. Não que fossem muito úteis ou que fizessem sentido, mas foi com o ar da graça de se ser. Está na hora de mudar e o que dizem por aí não cabe a ninguém responder com certos e errados, verdades e mentiras. Não faça menção ao que foi, porque foi e não é mais. Faça menção ao que é, pois o que é, por mais feio, sujo, desleixado ou outro preconceito qualquer que seja é lindo, apenas por ser. Apenas pela implacável vida que se toma e vive e rouba e revigora. Os amores e amantes que foram, se foram. Podem voltar a qualquer momento, podem ressurgir das cinzas; mas se foram do mesmo jeito e cabe apenas pesagem do que foi para ver se pode ser mais uma vez. Mas essa pesagem não cabe a ninguém que não a própria vivente. E aí não se entra ninguém, aí são segredos de quartos, segredos de almas, segredos de si. São obras de arte gravadas em papel de pão. São dialéticas da própria existência e aí não se adianta discutir, já que a discussão nunca chegará a um consenso. É mutante demais, é vivente demais para ser constante, mesmo que em teoria.
Paula Cristina.
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