E quando não me acho, quando não me vejo, fico ali, parada com ar de quem não sabe, com ar de indefesa. Só ar, porque no final das contas nem faz tanta diferença. Tanto preconceito, tanto "o que eu gosto é melhor" que já nem sei se fico ou se vou. Não me importo de ser diferente, de gostar diferente. Cada um é cada um e essa mania de dizer o que é melhor deixe de lado, faça-me o favor. Não quero saber. Gosto assim, de me interessar pelo que eu me interesso e você pelo que você se interessa. É mais bonito, é mais real. E quando sentarmos em uma mesa para conversarmos, não se impressione por sermos diferentes, mas me ame por eu não ser você. E quando eu ficar ali parada parecendo estar alheia a um mundo que não é meu, regozije-se já que provavelmente eu só permaneço ali por te amar. E isso, por si só já é um grande feito sendo que eu nunca permaneço.
Paula Cristina.
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