Não intendo passar raspando pela vida. Com aquele jeito de moleque travesso que quase conseguiu o que queria. Para mim, quase ainda é não ter conseguido, mesmo que por um triz. Não adianta de nada querer quando não é e nem se faz ser. Seja o que quiser, mas ame o que se é. De nada adianta passar esquecido de si, quando não se queria esquecer. Não precisa mostrar o que se é a todo momento, mas seja sempre e saiba que está sendo, mesmo quando não demonstrar. Não intendo viver sem minhas próprias regras, elas são demasiadamente especiais para esquecê-las e eu seria demasiadamente tola se não as ouvisse. Não pretendo ser tola mais uma vez.
O telefone tocou uma, duas, três vezes e do outro lado uma voz diferente, mas conhecida atendeu. Estava tão perdida em pensamentos e barulhos externos e internos que não conseguia raciocinar de quem era a voz. "Quer falar com quem?" - perguntou. Responde o nome da amiga. "Ela não está aqui agora, quem é?". "Mary Anne." a voz responde: "Mary Anne? Quando ela voltar, aviso que você ligou. É o Thomas quem está falando." Ela responde "Quem?", ele: "Thomas". Ficou sem reação. Ele sabia que era ela, tinha certeza agora. A pergunta foi mais uma forma para dizer quem falava. O coração bateu acelerado. Será que era ele mesmo? Existem tantos Thomas no mundo. Mas não, devia ser ele! Só podia ser ele! Desligou o telefone, ainda sem reação. O sorriso se alargou na face. Que saudade. Que saudade. Paula Cristina.
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